O que eu quero é a simplicidade.

Eu quero uma casa no campo onde eu possa compor músicas lindas num piano Steinway & Sons. Eu quero cavalos puro-sangue inglês pastando solenes em meu jardim. Eu quero plantar com as mãos as parreiras mais lindas e colher as melhores uvas, beber os melhores vinhos e saborear os melhores queijos, os melhores pratos, mas com os talheres finos. Eu quero uma casa no campo com o silêncio da natureza e uma arquitetura de 500 anos da mais pura tradição anglicana, normanda, francesa ou germânica, do tamanho ideal do conforto absoluto, com amplos jardins floridos e uma paisagem arborizada, limpa, lenitivos à saúde humana. E quero somente a certeza de amigos leais que almejam cultivar as virtudes e a melhor literatura do mundo, a beleza das artes clássicas. Eu quero a Esperança sem óculos e o amor de uma mulher linda, culta e educada, um filho estudando em Cambridge, Harvard ou Oxford, onde se aprende o belo e o que há de mais puro da sabedoria humana... Eu quero distância absoluta da cultura Latino Americana, manter-me afastado de toda e qualquer influência ou companhia dos que discordam do que eu quero.

José Marcio Castro Alves